Mexeram na lapidar
frase de Machado de Assis que diz: “De médico e louco todo mundo tem um pouco”
e ela ficou assim: “De médico, louco e técnico de futebol todo mundo tem um
pouco” Portanto, lá vai meu comentário meio perna de pau, meio doido, mas, vá
lá: cirúrgico.
No próximo dia 19
de março o Clube Atlético Patrocinense, completará 68 anos de fundação.
A pergunta que não
quer calar: O time vai ganhar um PRESENTE ou um PERRENGUE?
Vem lá a
permanência na Elite do Campeonato Mineiro, ou, (Deus nos livre e guarde) o
rebaixamento para a segundona.
A equipe atual vive
aquela fase sinistra do “joga bem, mas a bola não entra”. Deixou de empatar com
o Cruzeiro; (2x1) deixou de empatar com o Pouso Alegre (3x2)...
Sabe-se que o
campeonato é curto, feito um coicinho de pardal, o relógio e o calendário são
adversários ferrenhos no certame. Se começar pisando na bola, logo passa a
comer poeira, ai mermão, já era.
Infelizmente o CAP,
vive essa fase, a de tentar trocar pneu com o carro andando...
Tudo por que,
dentro de campo a bendita bola não entra. E se ela não entra, os “Problemas
Futebol Clube” se proliferam fora de campo. E estes adversários fora dos
gramados são terríveis- para não dizer, invencíveis. E o CAP é o time que luta
contra tudo e contra todos, nem vou falar dos legítimos “secadores” de
(Uberlândia, Uberaba, Patos de Minas, Araxá...)
Isto. Estou a dizer,
que existe, sim, o temível embate “Davi e Golias” times da capital x times do
interior, (com CBF mineira, com seu vergonhoso v$r & cia, puxando aquela
famigerada sardinha pros grandes), mas como se não bastasse, existem
adversários quixotescos. Verdadeiros “moinhos de ventos”, vão surgindo,
brotando do nada.
Estou para afirmar
que dependendo, para os chamados times do interior, os adversários (Os tais, “Problemas
Futebol Clube”) fora de campo, são mais desafiadores do que os “bichos papões”
(Raposa, Galo, Coelho) dentro de campo.
Por exemplo, no
momento o CAP, perdeu o técnico e toda comissão técnica e já tem um adversário
na quarta-feira, no domingo... precisando pontuar. (um outro técnico está a
caminho, mas...) São jogos com tres opções: ganhar, ganhar ou ganhar, o
nervosismo passar ser outro adversário entre tantos...
Não vou pedir a
cabeça do técnico, (cumé mesmo o nome?) que pegou o boné, pulou do barco, vazou
na braquiária...Na real, nós da arquibancada, nunca saberemos do que rola e
desenrola nos bastidores. É lá que se tromba os bigodes... lá o bicho pega, mas
abafam tudo...
Ora, qual a motivação
para a permanência dos chamados técnicos e jogadores “de fora”? Resposta:
Somente a sequência de bons resultados e uma bufunfa alta.
Segura esta... Toda
árvore de raízes profundas, dá frutos generosos no topo. Falta um ingrediente
vital para que técnicos e jogadores, não somente permaneçam, mas doam além do
máximo. Não somente colocam o "coração no bico da chuteira", mas se
for o caso, jogam com uma perna só; colocam fogo no chute; exibem uma garra
parecida com ódio, mas tudo, tudo na bola.
O ingrediente vital
que falta para que técnicos e jogadores, não somente permaneçam, mas doam além
do máximo, é: AMOR POR PATROCÍNIO. Mais do que amor ao Time, é AMOR À NAÇÃO
PATROCINENSE. Sem o qual se faz biquinho por nada, vira as costas, vai se
embora, po qualquer dor de barriga. AMOR POR PATROCÍNIO. Sem o qual, técnicos e
jogadores, vão viver sempre com um pé no time, na cidade e outro longe dela...
Minha sugestão:
Antes, antes de assinar um contrato com comissão técnica e jogadores. Depois de
escolher gente com potencial, é “conditio sine qua non”: Fazê-los apaixonar
pela cidade. Mostrar a eles, nossa gente pacífica e laboriosa, nossa história,
nossos valores, nossas tradições, nossa cultura, nossa paixão, nossa garra,
nossas praças, nossas ruas, nosso ar puro, nosso jeito de abraçar e acolher...
Somente depois desse intensivo obrigatório, se fala em contrato.
Se pensa que vai
alguma crítica demolidora ao trabalho do Presidente, Roberto Avattar; Diretor
de futebol, Marcos Antônio da Silva- o Marcão, está enganado. Vai aqui não
somente elogios e reconhecimento, mas gratidão, pelo que estão fazendo.
São guerreiros,
abnegados, valentes, voluntariosos, admiráveis. Lembrando que o Marcão em 2021,
chegou a entregar o cargo em alegando estar com problemas de saúde. Só Deus
sabe o que esse guerreiro tem enfrentado, segurando brasas ao lado do Tatá, com
mais um ou dois da diretoria que se apresentam para a luta. É pesado, é
desgastante, é exaustivo, é doentio, é humanamente impossível, exigir grandes
resultados, nestas condições. Cadê os outros? por que tão arredios? Não são
procurados? São procurados mas fazem que não é com eles? Só falta alguém dizer
(com provas) que alguém torce contra...
Que "ferro e
barro", "oléo e água" é este que rola em torno da diretoria?
Penso assim:
Patrocínio tem cem mil (eterno quase) habitantes: Então, não se pode abrir mão
de ninguém: O CAP precisa contar com cem mil torcedores; cem mil; presidentes;
cem mil técnicos; cem mil patrocinadores. Nada menos do que isto.
Futebol é a alegria da cidade. Sem futebol e cidade fica triste...
Lembro que em 21 de
outubro de 2015, depois de 10 anos, desativado, por iniciativa do empresário,
Maurício Cunha, o CAP, o time só ressurgiu firme e forte, por que existiu um
LEVANTE DE FORTES PARCERIAS. Empresários, ex-diretores, todos vestiram a camisa
do time de Patrocínio por Patrocínio. Sem união de foça e unidade de propósito,
o fracasso é retumbante, esqueça a palavra sucesso em todos os campos da vida.
O próprio Hino
Grená sintetiza tudo: “CLUBE ATLÉTICO PATROCINENSE ÉS O RESULTADO DA UNIÃO”
Outra coisa que não
cabe em minha cabeça. É inconcebível. Como empresas com atuações globais, que o
município abriga ou tem laços afetivos com a cidade. tais como a Gol, Breda,
Mosaic, Iara, Pif Paf... não são patrocinadores masters do nosso CAP? Não foram
procuradas? Pior: Foram procuradas e não deram retorno? Aliás, qual mesmo é a
responsabilidade social destas empresas em nosso município? Outra pergunta. A
prefeitura, não pode fazer mais direta e indiretamente.?
Para todos os
efeitos, é inspirador saber que a ÁGUIA, símbolo do time, é um pássaro nascido
para as alturas, não se dá com voo rasteiro, não é próprio dela, voar assim
feito galinha.
A propósito, o Hino
do CAP, ao qual já me referi, tem, logo na primeira estrofe uma gloriosa
sentença. APESAR DE TUDO, cantemos o imortal e retumbante grito de esperança:
“A ÁGUIA GRENÁ HÁ
DE VOAR ENALTECENDO O CÉU DESSA NAÇÃO”