De vez em quando a vida e o tempo parecem brincar conosco trazendo recordações de coisas que ainda existem e que marcaram nossas existências desde pequenas. O retorno às aulas está entre elas.
O início do ano letivo é um período importante não só para professores e alunos mas também para os pais. É o período para que os vínculos se estabeleçam e as bases ideais para a construção de um ambiente de aprendizado saudável e confiável estejam presentes.
As apresentações devem ser as mais naturais, sinceras e tranquilas possíveis, sempre acompanhadas de um sorriso, um olhar firme, um bom dia bem pronunciado, sem medo e sem afetação. A desconfiança nata muitas vezes impede a proximidade corporal e em tempos de Covid circulando, esse receio deve ser respeitado.
Para aqueles que são tímidos, existem dinâmicas que são ferramentas pedagógicas e muito contribuem para criar um clima de acolhida além de promoverem o engajamento enquanto auxiliam os professores a analisarem e conhecerem melhor os educandos, suas expectativas, interesses, capacidade de interação, conectividade, respeitando e valorizando a diversidade, facilitando o planejamento, a integração e o senso de pertencimento.
Contudo, é bom lembrar que nada supera a importância do afeto. Para Henri Wallon, “o afeto é um dos princípios básicos para o desenvolvimento da aprendizagem. Ele provoca uma troca mútua e faz o aluno se sentir seguro, motivado e valorizado.” E junto de afeto, vem as boas maneiras, a boa educação que se aprende em casa e não na escola.
A escola deveria sim, ser um dos primeiros ambientes sociais em que o ser humano demonstra as virtudes adquiridas no convívio familiar. Mas a queixa de que existem pais que acham que é a escola que educa os filhos é recorrente. E isso só vem mostrar que, infelizmente, nem todos os pais estão preparados para o imenso e magnífico desafio que é criar uma família. Pensem nisso.
Feliz retorno às aulas!