Os preços dos medicamentos adquiridos por hospitais para tratamento de seus pacientes subiram, em média, 0,35% em maio comparativamente a abril, confirma o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), calculado pela Fipe a partir de dados de transações realizadas na plataforma Bionexo - empresa de tecnologia SaaS, líder em soluções para gestão em saúde.
Apesar de não deixar de ser uma alta, o resultado do IPM-H em maio oscilou abaixo da inflação de 0,46% apurada pelo IPCA e representou uma desaceleração do ajuste dos preços em abril, que foi de 3,40%. Há de se considerar que em abril entraram em vigor os reajustes anuais autorizados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. Neste ano, a CMED estabeleceu o teto dos reajustes em 4,5%.
A variação positiva do IPM-H abrangeu maio a maioria dos grupos terapêuticos que integram a cesta de cálculo mensal do índice. No balanço parcial de 2024, até maio, o IPM-H registrou alta de 3,70%. Mas no acumulado de 12 meses encerrados em maio o IPM-H apresenta ainda queda nominal de 0,60%.
"Em termos de sazonalidade, o histórico do IPM-H evidencia que é comum que no mês subsequente à entrada em vigor do reajuste da CMED ocorra uma desaceleração ou mesmo uma queda dos preços, como ocorreu em maio de 2017, 2022 e 2023. No caso de 2024, após registrar uma elevação de 3,40% em abril, a variação do IPM-H em maio desacelerou para 0,35%. Em perspectiva, o resultado foi muito próximo à média histórica apurada para esse mês", avalia o economista e pesquisador da Fipe Bruno Oliva.