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Geral
17/01/2025 - 14h17
Pesquisadores descobrem nova espécie de peixe fóssil no Triângulo Mineiro
Mandíbula do novo peixe fóssil de Campina Verde, Britosteus amarildoi, em vista lateral esquerda (acima) e em vista ventral (abaixo) (Foto/Agustín Martinelli)

Pesquisadores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) anunciaram a descoberta de uma nova espécie de peixe fóssil, Britosteus amarildoi, encontrada no sítio paleontológico Fazenda Três Antas, em Campina Verde, no Triângulo Mineiro. Embora o achado não tenha ocorrido dentro do território do Geoparque Uberaba, ele deve contribuir para os estudos paleontológicos da região, fortalecendo as pesquisas locais. 

Em entrevista, o geólogo Luiz Carlos Borges Ribeiro, que participou das escavações, destacou a relevância da descoberta para o Centro de Pesquisas Paleontológicas - Llewellyn Ivor Price. “Tem pesquisadores da Unicamp, do museu Argentino, de vários lugares, e nós aqui de Uberaba. Isso fortalece a coleção do Museu dos Dinossauros, como repositório de táxons únicos do mundo”, ressalta o pesquisador. 

A nova espécie de peixe vai se somar à coleção do Museu da UFTM, em Peirópolis, ficando à disposição para estudos ecológicos e evolutivos de organismos da nossa região, no período Cretáceo. 

“Essa descoberta mostra que o grupo do comitê científico do Geoparque pesquisa não só Uberaba, como a região do Triângulo Mineiro toda e traz os fósseis para cá, quando o local onde foi encontrado não tem condições de ser o repositório”, conta Luiz Carlos.  

Equipe do Centro de Pesquisas Paleontológicas “Llewellyn Ivor Price”, Complexo Cultural e Científico de Peirópolis, UFTM, em campo durante coleta dos fósseis de Britosteus amarildoi (Foto/Divulgação)

Equipe do Centro de Pesquisas Paleontológicas “Llewellyn Ivor Price”, Complexo Cultural e Científico de Peirópolis, UFTM, em campo durante coleta dos fósseis de Britosteus amarildoi (Foto/Divulgação)


O pesquisador ainda acrescenta que as descobertas abrem as portas para que novos estudos esclareçam a vida antes dos seres humanos. “Esses fósseis ficam abertos a estudos posteriores, e abre novas possibilidades para entender a vida na região e o processo evolutivo do animal, as características, o comportamento, as relações ecológicas com o ambiente e com outros organismos, o que diz muito da história de vida desses animais no Triângulo Mineiro, no final da Era Mesozoica, há 90 milhões de anos atrás”, finaliza o pesquisador.  

O nome Britosteus amarildoi foi uma homenagem ao paleontólogo Paulo Brito e ao ex-proprietário da fazenda onde a descoberta foi feita, à época, Amarildo Martins Queiroz. Na mesma região, já foram encontrados outros dois exemplares de fósseis, ambos de crocodilos.




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