Um homem de 50 anos que passava férias no Brasil morreu com suspeita de malária, na terça-feira (14) em Patos de Minas, no Alto Paranaíba.
O irmão do paciente, que preferiu não se identificar, disse que o homem morava na Angola e veio para a região já com a doença, mas não sabia.
O paciente então começou apresentar os sintomas da malária durante a visita aos familiares e foi levado para o Hospital Regional Antônio Dias, onde a morte foi confirmada.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que o óbito foi notificado como diagnóstico suspeito e ressaltou que a Angola é considerada uma área endêmica para a doença.
Disse ainda que acompanha o caso por meio da Unidade Regional de Saúde de Patos de Minas. No entanto, a investigação epidemiológica e ações de prevenção e controle estão sendo realizadas pelo município de Presidente Olegário, onde o paciente estava hospedado e recebeu o primeiro atendimento, além do Hospital Regional de Patos de Minas.
A reportagem também questionou a pasta sobre os casos de malária notificados em Minas nos últimos meses. O Estado disse que no ano passado foram confirmados 42, porém sem morte.
Até o momento, não foram notificados casos confirmados de malária.
A doença
A malária é uma doença infecciosa, febril, aguda e potencialmente grave. A infecção pode acontecer por picada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como "mosquito-prego", por transfusão de sangue contaminado, através da placenta (congênita) para o feto e por meio de seringas infectadas.
A doença tem cura e o tratamento pode ser realizado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Mas ela pode evoluir para formas graves se não for diagnosticada e tratada da forma adequada.
Sintomas
Entre os sintomas, a pessoa infectada pode apresentar febre alta, calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e suor excessivo, dor de cabeça e no corpo, falta de apetite, pele amarelada e cansaço. Dependendo do tipo da doença, esses sintomas se repetem a cada dois ou três dias.
O período de incubação varia de 7 a 28 dias a partir do momento da picada. Para confirmar o diagnóstico, as unidades básicas de saúde fazem o teste rápido, que consiste em retirar uma gota de sangue da ponta do dedo e analisar.
O tratamento padronizado pelo Ministério da Saúde é feito por via oral e não deve ser interrompido.
Recomendações
- Use repelente no corpo todo, camisa de mangas compridas e mosquiteiro quando estiver em zonas endêmicas
- Evite banhos em igarapés e lagoas ou expor-se a águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer, horários em que os mosquitos mais atacam, se estiver numa região endêmica;
- Procure um serviço especializado se for viajar para regiões onde a transmissão da doença é alta, para tomar medicamentos antes, durante e depois da viagem;
- Não faça prevenção por conta própria e, mesmo que tenha feito, se tiver febre, procure atendimento médico.
(G1)
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