Produtores rurais, com o auxílio de técnicos da Emater, estão misturando o agrosilício (composto à base de silício, cálcio e magnésio) à compostagem e obtendo resultados positivos nas lavouras. A ideia surgiu a partir dos participantes do Programa de Distribuição do Agrosilício que, desde 2024, já distribuiu 18,4 mil toneladas do composto para produtores de 201 municípios. A iniciativa é da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em parceria com a Emater-MG e a Harsco Environmental.
No Sítio Campo Redondo, em Piedade dos Gerais, na região Metropolitana de Belo Horizonte, por exemplo, a produtora Maria da Conceição de Jesus Lara está utilizando o agrosilício misturado ao composto formado a partir do esterco, casca de café e matéria vegetal decomposta nas lavouras de café. No ano passado, foram aplicadas duas toneladas e, neste ano, a quantidade dobrou.
“Nós tomamos conhecimento do agrosilício por meio da Emater-MG. Usamos a primeira vez e já estamos com ele novamente para usar neste ano porque a diferença foi grande demais”, avaliou a produtora.
O café do Sítio Campo Redondo foi o primeiro a conquistar o selo de certificação de produtos orgânicos, emitido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) em 2004. A área abrange 2 mil pés de cafés plantados e produz em torno de 35 sacas por ano. O café é vendido em grãos ou moído e a comercialização é feita no comércio local e por meio de encomendas.
Transição do químico para o orgânico
A propriedade passou pelo processo de trocar a adubação química pela orgânica, conquistou a certificação e agora colhe nova safra de bons resultados com a agregação do agrosilício. A recomendação de uso foi feita pela Emater-MG, segundo o laudo da análise de solo, com todo o processo sendo acompanhado.
O engenheiro agrônomo da Emater-MG, Matheus Sales Nogueira e Silva, detalhou as vantagens desse uso consorciado. “O uso do agrosilício junto com a compostagem trouxe como resultados o aumento da florada, da quantidade de grãos formados que resultam em maior produtividade e uma maturação mais uniforme, facilitando a coleta seletiva e manual dos grãos maduros”, constatou.
Para o Superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Feliciano Nogueira, a doação do agrosilício é fundamental para o fortalecimento da agricultura familiar. “Com este trabalho, estamos oportunizando o acesso dos pequenos produtores aos insumos de qualidade e às boas práticas de cultivo, inclusive fortalecendo a prática da análise de solo. Além disso, o programa estimula a produção sustentável, respeitando os recursos naturais, e possibilitando, ao mesmo tempo, emprego e renda no campo”, explicou.
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