Minas Gerais investiga oito casos suspeitos de gripe aviária (H5N1), segundo atualização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Os registros preocupam especialmente por envolverem municípios com forte atividade avícola, como Lagoa da Prata e Divinópolis, no Centro-Oeste do Estado. No entanto, para o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), o aumento das notificações reflete maior vigilância e não necessariamente uma elevação recente do risco sanitário.
“Desde 2022, quando os primeiros focos foram notificados, o risco aumentou para todo mundo. A vigilância foi intensificada e é por isso que estamos identificando mais casos. A gente está encontrando esses casos positivos justamente pelo aumento da vigilância”, afirma a gerente de Defesa Sanitária Animal do IMA, Izabella Hergot.
Atualmente, dos 12 casos de gripe aviária sob investigação no País, oito estão em Minas Gerais. Os focos suspeitos envolvem aves de subsistência e silvestres nos municípios de Bom Despacho, Divinópolis, Lagoa da Prata, Mateus Leme, Novo Cruzeiro, Ribeirão das Neves, Belo Horizonte e Santo Antônio do Monte.
Casos investigados reforçam aumento da vigilância
Segundo Hergot, o vírus H5N1 da gripe aviária já circula com alta patogenicidade no Brasil e em outros países, tornando essencial a manutenção da vigilância e de protocolos rígidos de biossegurança, principalmente nas granjas comerciais.
“As principais medidas de biosseguridade estão relacionadas ao isolamento do grupo, a tela estar intacta, ser da malha solicitada na legislação, ter a desinfecção de veículos, o controle de acesso de pessoas, cerca de isolamento. Tudo isso, que a gente já vem trabalhando há alguns anos, são medidas mitigatórias”, reforça a gestora do IMA.
Setor busca blindar produção comercial dos casos de gripe aviária
A grande preocupação do setor produtivo e dos órgãos de defesa sanitária é evitar que a gripe aviária atinja granjas comerciais. Desde 2023, o IMA articula ações com municípios, produtores e entidades do agronegócio para reforçar a vigilância e medidas de prevenção contra a gripe aviária.
“A partir do momento que a gente tem uma notificação na agricultura industrial, gera, sim, um impacto na comercialização, Por isso que a gente tem que trabalhar para blindar a nossa agricultura industrial”, alerta Izabella Hergot.
Diário do Comercio
