Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade, recomendar conteúdo de seu interesse e otimizar o conteúdo do site. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Confira nossas Políticas de Privacidade e Termos de Uso, clique aqui.

O jornal que todo mundo lê
Publicidade
Agronegócio
11/09/2023 - 16h10
Inseto causador da principal doença das frutas cítricas torna-se resistente aos inseticidas

Estudo inédito feito pela faculdade de agronomia da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), em parceria com o Fundo de Defesa da Citricultura, comprovou, pela primeira vez na história da cultura da laranja no país, a resistência do inseto aos dois grupos de inseticidas mais usados nos pomares de São Paulo e do Triângulo Mineiro, os dois maiores produtores da fruta no Brasil.

Estamos falando do Greening, principal doença da cultura. Transmitida pelo psilídeo, a praga faz com que as plantas infectadas tenham sua produção reduzida, afetando o desenvolvimento dos frutos e deixando as folhas amareladas. Com isso, o greening alcançou a maior incidência em quase 20 anos. De acordo com o estudo da Esalq, quatro em cada dez árvores estão afetadas.


Emater-MG capacita seus técnicos

Preocupada com a situação, a Emater-MG está promovendo capacitações de seus técnicos para que estejam atualizadas das últimas formas de controle do greening nas lavouras do estado. 

O coordenador estadual de fruticultura da entidade Deny Sanábio explica que ainda não existe cura para o mal. Nas plantas contaminadas pela bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus, ocorre a deformação, maturação irregular e queda dos frutos, além da morte das plantas. “O greening é de difícil controle, pois é disseminado por um inseto que, ao sugar a seiva, contamina as plantas com a bactéria. Os efeitos são mais drásticos na tangerina. Mas também há prejuízos nas lavouras de limão e laranja”, explicou Denny.

Na plantas atingidas, ocorre a deformação, maturação irregular e queda dos frutos, além da morte das plantas.


Quando a doença surgiu?

As primeiras ocorrências do Greening no país ocorreram em 2004. Em Minas Gerais surgiu primeiro nas regiões do Sul e Triângulo Mineiro, que fazem divisa com São Paulo. No decorrer dos anos, a incidência vem aumentando em número de municípios e avançando para outras regiões do estado. “A essência do treinamento é sobre as ações para evitar a entrada do greening nos municípios. E, nos locais onde a doença já esteja presente, quais devem ser os procedimentos. Entre eles, eliminar as plantas contaminadas e enviar amostras para um laboratório, com acompanhamento de órgãos de defesa vegetal”, explica Deny.


Mudas sadias e viveiros certificados

Entre as medidas de prevenção está o uso de mudas sadias e de viveiros certificados. Também deve ser feito o controle do inseto que transmite a doença. “Mais pulverização para o controle do inseto requer recurso. Isso afeta diretamente o custo de produção”, disse o estudioso.

Além do coordenador da Emater-MG, o treinamento contará com a participação de especialistas do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Universidade Federal de Lavras (Ufla).

A expectativa da Emater-MG é capacitar cerca de 100 profissionais neste ano. Os encontros fazem parte da estratégia da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) para o combate à doença em Minas Gerais.




Publicidade

no Facebook