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Geral
26/05/2023 - 08h36
Em Minas 18 pessoas desaparecem por dia, segundo relatório da Polícia Civil
Entre 2020 e 2022, 20.461 pessoas foram dadas como desaparecidas em Minas Gerais

Minas Gerais registrou uma média alarmante de 18,5 desaparecimentos por dia, totalizando 6.758 casos ao longo do ano. Embora tenha havido uma redução em relação aos anos anteriores, a situação continua preocupante. Entre 2020 e 2022, foram encontradas 48 pessoas mortas, vítimas de morte violenta intencional, sendo 44 homicídios e 4 latrocínios. Esses dados destacam a necessidade urgente de implementação de ações preventivas e de solução para os casos de desaparecimento em Minas Gerais.


Ao analisar o perfil dos desaparecidos no período de três anos considerado no levantamento, constata-se que um total de 20.461 pessoas foram registradas como desaparecidas em Minas Gerais. Dessas, 13.184 são homens e 7.270 são mulheres, enquanto o gênero de sete pessoas permanece desconhecido. Quanto à faixa etária, 7,7% dos desaparecidos são idosos, 64,7% são adultos, 25,11% são adolescentes e 2,48% são crianças, chamando a atenção para o fato de que o maior número de desaparecimentos ocorre entre homens adultos.


No que diz respeito à cor da pele, entre 2020 e 2022, 46,71% dos desaparecidos são pardos, 26,31% são brancos, 15,67% são negros, 0,49% são amarelos e 0,10% são albinos, enquanto 10,73% tiveram a cor da pele não especificada. Os dados revelam uma correlação entre o nível de escolaridade e os desaparecimentos, indicando que pessoas com menor nível de formação apresentam uma proporção mais elevada de casos registrados, havendo uma diminuição gradual nos registros à medida que o nível de educação aumenta.


Ao examinar as causas dos desaparecimentos, o levantamento revela que a maioria dos casos envolvendo adultos está relacionada a fatores como histórico de depressão (40,11%), uso de bebida alcoólica (59,80%), uso de medicamento controlado (34,37%) e uso de substância tóxica (41,99%). No caso dos adolescentes, as principais causas de desaparecimento são a primeira ausência (55%), conflito familiar (34,14%) e uso de substância tóxica (27,99%). Entre os idosos, os motivos predominantes são o uso de medicamento controlado (55,01%), consumo de bebida alcoólica (36,29%) e histórico de depressão (33,82%). Quanto às crianças, a maioria dos desaparecimentos é atribuída a conflitos familiares (21,85%) e uso de medicamento controlado (7,68%). Vale ressaltar que uma pessoa pode apresentar mais de uma motivação para o seu desaparecimento, e é importante considerar que as primeiras ausências não foram contempladas nessa análise.


Em relação aos alertas ativos de desaparecimento registrados pela Polícia Civil, observa-se um aumento progressivo ao longo dos anos, com 2.215 alertas em 2020, 2.412 em 2021 e 2.832 em 2023. No entanto, é fundamental salientar que esses números não refletem necessariamente a quantidade exata de pessoas que ainda não foram encontradas, uma vez que algumas podem retornar por conta própria sem comunicar sua localização às autoridades competentes.


Analisando os alertas ativos no período de três anos, totalizando 7.459 casos, observa-se que 67,89% eram de indivíduos do sexo masculino, enquanto 32,11% eram do sexo feminino. Além disso, os registros indicam que 71,38% dos casos correspondiam a adultos, 18,11% a adolescentes, 9,42% a idosos, 1,03% a crianças, e em 0,05% das situações a idade era desconhecida.


No que diz respeito aos Procedimentos Investigatórios de Pessoas Desaparecidas (PIPD), a Polícia Civil informou que 79,95% deles foram encerrados em menos de um ano após a sua abertura. Outros 6,14% foram finalizados em um ano, 4,63% em dois anos, 2,46% em três anos, 1,56% em quatro anos, e 5,26% levaram mais de cinco anos para serem concluídos. Dos PIPDs instaurados entre 2020 e 2022, 82,36% foram encerrados, enquanto 17,64% permanecem em aberto, demandando uma atenção contínua por parte das autoridades competentes para a resolução desses casos.



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