Cientistas realizaram ajustes genéticos em embriões de galinha, transformando seus bicos em estruturas faciais semelhantes às dos dinossauros. O estudo, publicado na revista Nature e trazida pelo Mega Curioso, não busca ressuscitar os dinossauros, mas sim lançar luz sobre como esses "grandes lagartos" evoluíram para aves modernas.
A transição evolutiva dos dinossauros para pássaros é um enigma complexo. O estudo foca nos estágios iniciais, explorando como os ossos faciais dos répteis se transformaram nos bicos característicos das aves.
Bhart-Anjan Bhullar, coautor do estudo, destaca que as aves atuais fornecem insights cruciais sobre a vida dos dinossauros.
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Desvendando o desenvolvimento
Ao analisar o desenvolvimento embrionário de galinhas, emas e répteis, os cientistas identificaram proteínas cruciais, FGF e Wnt, que orientam a formação do rosto.
Restringindo essas proteínas aos pontos vistos no desenvolvimento dos répteis, os embriões de galinha apresentaram características notáveis, como abas de pele no lugar de bicos.
Este experimento reforça a visão de que os bicos são uma adaptação significativa, resultado da natureza, não apenas uma variação anatômica. O estudo abre debates éticos sobre a manipulação genética para entender a história evolutiva das aves.