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Colunas
10/07/2024 - 15h38
A Formatura – Parte 1
Confira a coluna do Brígida Borges na última edição da Gazeta: 4.249

     Formatura é uma cerimônia festiva de conclusão de um curso, seja ele fundamental, técnico, médio ou universitário. 

É quase impossível falar sobre formatura sem lembrar de todas as tradições e rituais que marcam esse momento único na vida de milhares de formandos.

Se você está prestes a se formar ou conhece alguns dos rituais realizados em cerimônias de formatura, provavelmente já deve ter se questionado quanto aos significados por trás de cada tradição. O grande detalhe é saber diferenciar qual é o ritual correto para a sua conclusão.

As cerimônias de formatura surgiram entre os séculos XI e XII, nas universidades medievais de Paris, criada em 1214, e de Bolonha, criada em 1150. Naquela época, a oferta de cursos não era tão ampla quanto hoje. As principais áreas de estudo eram voltadas para a área da saúde e ciências humanas, com os cursos de Medicina, Direito e Teologia. Assim, após concluir a graduação, os alunos recebiam um “testemunho de habilidade” em uma cerimônia de entrega. Esse era um documento equivalente aos diplomas que os formandos recebem atualmente das universidades.

As tradicionais roupas usadas na colação de grau tiveram origem na magistratura francesa e foram levadas para o ambiente acadêmico a partir do século XIII. Na formatura, a beca foi adotada pelas instituições de ensino superior com o surgimento da reitoria. O objetivo era que os formandos usassem um traje especial que os diferenciassem dos demais convidados na cerimônia. Hoje, no entanto, algumas universidades possuem seus próprios modelos oficiais, com diferenças de formas e cores. Em geral, o traje é composto pela beca (uma espécie de toga longa com mangas compridas), capelo, jabor (posicionado abaixo do pescoço) e faixa (com a cor do curso) colocada em volta da cintura. 

O Juramento também é um dos momentos mais importantes da cerimônia de colação de grau, pois simboliza o comprometimento do formando com a sua área de atuação. Apesar de não haver registros de quando e onde essa tradição surgiu, ela é realizada em diversas universidades do mundo, por alunos de diferentes cursos. Ele tem o objetivo de fazer com que os formandos prometam, publicamente, serem responsáveis com a profissão escolhida e honrar o diploma de acordo com os princípios éticos da sua área. Trata-se de um compromisso firmado para exercer seu oficio com dignidade e respeito ao ser humano. Em geral, a leitura pé feita por um aluno escolhido pela turma. Durante a solenidade, os demais devem repetir, de pé e com a mão direita estendida, tudo o que for dito pelo/a juramentista.

O ritual de passar a corda do capelo do lado direito para o esquerdo, para identificar que estão todos formados ao terminar a cerimônia, e depois todos se levantarem e juntos jogar os capelos para o alto, ritual conhecido como “chuva de capelos”, não acontece só nos filmes americanos. Em diversas universidades do mundo, inclusive no Brasil, esse é um ritual indispensável e aguardado por todos os formandos. Acredita-se que a tradição tenha surgido nos Estados Unidos, em 1912, pelos novos fuzileiros da Academia Naval do país. Logo quando os soldados recebiam o diploma, toda turma atirava seus chapéus para o alto de forma espontânea, em comemoração à grande conquista. Aparentemente, os formandos acadêmicos aderiram à ideia e passaram a jogar seus capelos pela sensação de dever cumprido e felicidade pelo encerramento de mais um ciclo em suas vidas.

 



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