Dados de 2020 do Banco Mundial apontavam o Brasil na nona posição entre os países mais desiguais do mundo, com a maior parte da riqueza concentrada nas mãos de uma pequena parcela da população.
Em Minas Gerais, a situação não é diferente. O estado tem 853 municípios. A maior concentração de riqueza por m² do Brasil está em Nova Lima, na Região Metropolitana de BH, com uma renda média per capita de R$ 8.897.
Por outro lado, Verdelândia, no Norte do estado, em que a renda média é de R$ 62 por pessoa.
Os dados são do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social), que divulgou neste ano o ‘Mapa da Riqueza’, que avaliou, em 2020, a distribuição de renda no país.
O cálculo é feito sobre a renda total acumulada do município em relação ao número de habitantes. Para a pesquisa, foi usada a combinação dos dados do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), gerados pela Receita Federal, e de pesquisas domiciliares tradicionalmente usados em estudos sobre pobreza e desigualdade.
Confira a lista das dez cidades mais pobres de Minas Gerais
1 - Verdelândia/Norte de Minas
Praça da cidade de Verdelândia
“O que acontece nessa região, Norte de Minas, Jequitinhonha, Mucuri e parte do Rio Doce é que de certa forma há uma convergência. São municípios com baixa renda, que têm outros indicadores negativos, como baixa escolaridade, alta mortalidade infantil, baixa expectativa de vida, prevalência de doenças infectocontagiosas, péssimas estruturas de saneamento”, explica o demógrafo e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Alisson Barbieri.
“Como foi uma região negligenciada, historicamente em termos de políticas de desenvolvimento, os indicadores econômicos e sociais refletem esse esquecimento dessas regiões”, completa.